O Raid Campos do Jordão – Edição Pedra do Baú, o 105º raid organizado pelo MG Club do Brasil, movimentou o circuito enoturístico de São Bento do Sapucaí entre os dias 3 e 5 de dezembro. Carros clássicos de várias marcas icônicas circularam pelas estradas da região, revivendo – em velocidades moderadas – o charme e o desafio das provas que fizeram fama no automobilismo europeu. A Vinícola Villa Santa Maria foi o ponto de chegada da prova diurna, que ocorreu no sábado (4). Os competidores largaram da Pousada do Quilombo e, depois de cerca de 2h, começaram a chegar à Villa, onde foram recebidos pelos gestores do empreedimento. No complexo, conheceram os espaços dedicados à degustação dos vinhos Brandina, passearam pelos vinhedos e saborearam delícias gastronômicas.

A arquiteta Célia Pinotti Carbonari, sócia-proprietária e responsável pelo projeto arquitetônico e conceitual do empreendimento, recebeu oficialmente os convidados do MG Club e ressaltou a alegria de a Villa ter sido escolhida para fazer parte do evento. “O raid trouxe para a nossa região carros antigos, lindos, maravilhosos, de coleção, que embelezaram demais os nossos jardins. Deixaram todos em êxtase. Foi uma exposição, tudo muito bacana”, elogiou Célia. “Os participantes estão de parabéns. Foi um evento muito bonito, muito bacana”. finalizou.

 

 

Participaram do Raid Campos do Jordão automóveis de marcas como MG, Alfa Romeo e Mercedes-Benz (os mais numerosos), Porsche e BMW. Entre os carros nacionais, destacam-se a participação de carros Volkswagen (Fusca e Passat), Puma e Alfa Romeo 2300. O modelo mais antigo foi um MG TD 1951 e o mais novo, um BMW 325i conversível de 1994. Para equilibrar os participantes, o MG Club do Brasil estabeleceu um sistema de handicap escalonado de acordo com o ano de fabricação. Aos automóveis fabricados até 1950, é atribuído no resultado final o número de pontos apurado na estrada. O MG TD 1951 recebe handicap (acréscimo de pontos) de 15%, enquanto o handicap do BMW 325i 1994 é de 70%, o máximo previsto.

Cada décimo de segundo de atraso ou adiantamento em relação ao tempo previsto de passagem pelos postos secretos acarreta a perda de um ponto. A vitória é atribuída à dupla de piloto e navegador que perder menos pontos.

 

 

 

O resultado do Raid Campos do Jordão

Pilotando o único Ford Mustang inscrito, modelo 1969, a dupla formada pelo piloto Fernando Leibel e pelo navegador Adriano Braz venceu os dois passeios cronometrados realizados no Raid Campos do Jordão – Edição Pedra do Baú. O evento organizado pelo MG Club do Brasil teve um raid noturno na noite de sexta-feira (3 de dezembro) e um diurno no sábado (4). Ambos tiveram também a mesma dupla classificada em segundo lugar: Antonio Marcucci/Ana Assunção, com um Puma GTS 1974.

O raid noturno teve largada e chegada na Pousada do Quilombo, em São Bento do Sapucaí, e foi decidido por apenas um ponto: a tripulação do Mustang perdeu 13 pontos e a do Puma perdeu 14. Américo Nesti/Danilo Nunes, com um BMW 320 1976, completaram os três primeiros lugares. A vantagem de Leibel e Braz foi maior no raid diurno, com largada na Pousada do Quilombo e chegada na Vinícola Villa Santa Maria: 23 pontos perdidos, enquanto Marcucci e Ana Assunção perderam 52.

Nesta prova, o terceiro lugar ficou para Leandro Mazzoccato/Lizandra Mazzoccato, com um Alfa Romeo 2300 Ti 1986, o melhor resultado de um carro da marca italiana, uma das que mais tiveram adeptos no Raid. Mercedes-Benz e MG, também com vários representantes na lista de inscritos, conseguiram cada uma um quarto lugar, com Mauro Kern/Mario Lott (Mercedes 450 SLC 1976) no raid noturno e com Manoel A. Cintra/Pedro Lambiasi (MG B GT 1967) no diurno.

De posse dos troféus conquistados pelas duas vitórias, Fernando Leibel elogiou o raid: “Já participei de muitas provas do MG Club do Brasil e esta foi uma das melhores”, afirmou. “O raid noturno é sempre desafiador, porque há maior dificuldade para ver as referências. O diurno foi interessante porque, apesar de não ser longo, o percurso foi quase todo em subida e isso aumentava o desafio para manter as médias. Em raids de regularidade, a dupla precisa ser metódica, ter atenção o tempo todo e ser criterioso com aferições e verificação do carro antes da prova. E o papel do navegador é fundamental.”

Fernando Pimentel, presidente do MG Club do Brasil e também participante, ficou satisfeito com o Raid Campos do Jordão – Edição Pedra do Baú: “Foi um sucesso. Todos ficaram contentes e elogiaram a prova. O tempo também ajudou: quente e sem chuva. Ficamos quase dois anos sem fazer raids por causa da pandemia e esperamos poder fazer mais eventos como este em 2022”.

MG Club do Brasil

Fundado em 1983, o MG Club do Brasil é um dos mais atuantes clubes de carros clássicos do País. Foi criado para congregar proprietários de modelos da marca inglesa MG, mas logo tornou-se um clube multimarca, admitindo proprietários de carros clássicos de qualquer modelo.

O clube organiza raids de regularidade e passeios como as 1.000 Milhas Históricas Brasileiras, Raid de Campos do Jordão e Raid da Serra do Mar. Por serem concebidos para carros clássicos, esses raids percorrem boas estradas, paisagens agradáveis e incluem visitas a pontos de interesse cultural e histórico.

 

 

Todos os sábados, o MG Club do Brasil promove encontros informais entre os associados, nos quais o antigomobilismo é o assunto predominante. Também acontecem na sede social (localizada na Vila Romana, zona oeste de São Paulo) eventos temáticos e homenagens a personalidades do automobilismo.

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