As técnicas corretas de manejo são um dos itens essenciais para um resultado de excelência na produção dos Vinhos de Inverno. Preservação da biodiversidade, respeito ao meio ambiente, incentivo a um ecossistema natural e qualificação da mão de obra formam um conjunto desejável e bem-vindo para quem pratica as boas condutas do agro brasileiro.
Na Vinícola Villa Santa Maria, em São Bento do Sapucaí (SP), essa governança vem sendo feita há muitos anos, com aprimoramento constante. O time liderado por Guto Carbonari, responsável pelo Setor de Vinhos e Agronomia da propriedade, conhece não só a filosofia de trabalho implantada pelo gestor, mas reiteradamente vem sendo treinado para aperfeiçoar cada uma das etapas.
Uma das aplicações agrícolas que têm alcançado resultados de grande eficiência é o uso de biofertilizantes nos parreirais da Villa Santa Maria.
São produtos orgânicos que melhoram a saúde das videiras e que têm sido cada vez mais eficazes contra o ataque de pragas. “São aminofertilizantes e bioestimulantes que qualificam a nossa produção, com sucessivos atestados de comprovação de sua eficiência”, afirma Guto Carbonari.
Esses bioestimulantes agrícolas incluem uma série de compostos e substâncias que quando aplicados diretamente nas plantas ou no solo melhoram os processos fisiológicos. Estes produtos agem através de diferentes caminhos metabólicos, melhorando o vigor e a sanidade das plantas.
Um dos aminofertilizantes naturais mais conhecidos e utilizados na Villa são os extratos de algas marinhas, em especial a alga Ascophyllum nodosum. Seu extrato possui hormônios, proteínas e outros compostos que melhoram o desempenho vegetal.
Guto lembra que toda a produção da Villa é certificada pela Associação Nacional dos Produtores de Vinho de Inverno (Anprovin), além de ter o suporte de agrônomo em campo, de consultoria técnica regular e da orientação da enóloga Isabela Peregrino, uma das mais conceituadas do País.
“Toda a nossa produção tem sido verificada e avaliada antes do vinho ser engarrafado. Tem análise olfativa e análise físico-química. Temos esse cuidado extremo para manter o padrão de colocar um vinho premium no mercado com todos os requisitos de segurança”, explica Guto Carbonari.
O uso de bioestimulantes e aminofertilizantes é respaldado por pesquisas e estudos de campo conduzidos por profissionais de instituições de reconhecida notoriedade e credibilidade no Brasil, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), de Piracicaba.
Guto acrescenta que esses produtos orgânicos contribuem com a sanidade das plantas na medida em que fornecem cobre, zinco e magnésico para a área folhear da videira. “Hoje o biológico e o natural são muito eficientes”, resume Guto Carbonari.
Ele finaliza lembrando que a Villa Santa Maria também recorre a outras soluções ambientalmente eficazes como o mix forrageiro, implantando desde 2018 entre os caminhos dos parreirais. São plantas leguminosas que ajudam a fixar o nitrogênio na terra, recompondo a massa orgânica do solo. Tudo para um cultivo de alta performance e adequado às modernas técnicas de manejo do agro.